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A importância da comunicação na resiliência

INTRODUÇÃO

Um dos princípios universais mais importantes e presentes é o princípio da dualidade. Podemos dizer que a dualidade é um espectro de possibilidades e a resiliência é uma característica pertencente à nossa postura e que vai ditar a maneira com a qual iremos navegar por estas possibilidades, de maneira eficaz.

O princípio da dualidade defende que tudo no universo possui um oposto. Essa ideia pode ser vista em conceitos como ying e yang, onde forças opostas ou contrastantes coexistem e podem até se complementar.

Entendendo a dualidade e os julgamentos

A dualidade é manifestada de diversas formas. Na vida cotidiana, a dualidade pode ser observada em muitas formas. Por exemplo, o dia e a noite, o quente e o frio, o amor e o ódio, o bem e o mal, a alegria e a tristeza, e a guerra e a paz são todos exemplos de dualidade. Esses pares opostos coexistem e muitas vezes se complementam, formando uma totalidade mais complexa.

A experiência, no entanto, absorvida por cada indivíduo é algo subjetivo, pois a maneira com a qual formamos nossa percepção perante aquilo que vivenciamos é algo que pertence somente ao indivíduo. O aprendizado resultante de tal experiência é também portanto único e pertencente somente a um indivíduo.

Tal percepção individual cria, portanto, uma distância figurativa entre os extremos que definem a dualidade.

Dentro do universo das dualidades, existe uma dualidade intrínseca às próprias dualidades. Ela está presente na existência de dualidades estáticas e dualidades dinâmicas. Alguns exemplos de dualidades estáticas já foram dados acima. O claro e o escuro, o frio e o calor, por exemplo. Dualidades dinâmicas são aquelas em que um dos extremos é definido por alguma crença ou paradigma próprio do ser, e o outro extremo sendo uma situação qualquer que estejamos vivenciando em um dado momento e o julgamento que é dado por nós a mesma. Quanto menor a distância desta dualidade dinâmica, mais nos aproximamos de uma região onde experimentamos a familiaridade. Quando identificamos que algo nos é familiar, nossa mente inicia um processo de produção de possibilidades que ilustram o que pode estar por vir através de imagens ou vídeos. Nosso nível de incerteza cai drasticamente e trabalhamos com nossos recursos internos de maneira bem empoderada. Quanto menor a distância, maior o empoderamento interno, menor será a possibilidade de agirmos com base nas intenções de nosso ego.

Bem, os julgamentos são de natureza subjetiva e provêm de uma comunicação interna que temos conosco mesmos. A comunicação externa também alimenta nossos julgamentos com informações ao nosso redor, independentemente do canal onde isso aconteça. Acontece que, quando julgamos, não estamos trabalhando necessariamente com todos os fatos. Todo julgamento poderá ter uma fração factual e um complemento de origem subjetiva, e dentro dessa parte subjetiva há a possibilidade de existência de interpretações individuais que se distanciam muito dos fatos em si.

O Papel da Comunicação na resiliência

É nesse momento que a comunicação tem um papel fundamental, porque a comunicação é a base com a qual vamos criando esse diálogo interno que vai formando nossos julgamentos à base de experiências, crenças, paradigmas e elementos externos. É fundamental que tenhamos atenção ao vocabulário que estamos utilizando, por exemplo. Determinados advérbios e adjetivos que promovem qualidades, frequências e maneiras absolutas e parciais somente com aquilo que acreditamos, desgastam e enfraquecem nossa capacidade de exercer uma postura resiliente.

A resiliência é como se fosse um músculo, se não a praticamos, ela não estará apta a responder à diversidade de situações perante as quais somos confrontados. Imagine um atleta sem treinamento devido. Uma comunicação consciente, uma comunicação de equilíbrio, se torna o centro de gravidade entre o ego e o mundo externo, criando a moderação interna necessária para que haja menor subjetividade, mais reflexão e, por fim, mais resiliência.

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